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O PORQUÊ DOS EVENTOS CIENTÍFICOS

Sendo muito sucinto, os eventos científicos são formidáveis para interagir com colegas de todos os lugares e dividir um caleidoscópio de ideias. Um encontro para conhecer novas pessoas, debater, apresentar e submeter nosso trabalho às críticas e sugestões dos colegas, aprender com o trabalho de outros, além de oferecer, também, nossos comentários construtivos. Eu sempre retorno de eventos deste tipo com novas ideias, motivação renovada e uma pilha de anotações – algumas bem confusas e carecendo de polimento, mas que sempre me enriquecem a mente.

Todos nós temos MESTRES que servem de referência para guiar nossos passos e nossas carreiras, nos ajudando a escolher caminhos a perseguir e desafios a vencer. Na reflexão de escrever este texto, percebi que os eventos científicos dos quais participei foram importantíssimos para me aproximar destes Mestres e, ao mesmo tempo, conhecer novos exemplos de coragem, honestidade intelectual e brilhantismo que usei e uso até hoje como modelos.

Para cientistas já estabelecidos, o evento é uma oportunidade de apresentar seus trabalhos e formar novas colaborações; um ambiente propício para compartilhar resultados, avanços e se fazer conhecer entre seus pares – o impacto que esta “rede de contatos” tem na progressão da carreira de um pesquisador não deve ser menosprezado.

Já para estudantes de graduação e pós-graduação, é uma chance de se aventurarem fora de suas instituições de origem, aprender como fazer um “pitch” dos pontos relevantes do seu trabalho (i.e. aprendem o equivalente científico de “vender bem seu peixe”), conhecer os MESTRES, desmistificar a figura inalcançável de alguns notórios em ciência, comunicar em diferentes “línguas” e diferentes “disciplinas”.

Enfim, o evento científico é um ambiente propício para o crescimento intelectual principalmente para aqueles que prezam o livre pensamento, a forma cuidadosa – sistemática – e integralizada de observar a natureza usando de lógica consistente para avaliar os resultados.

Acho que pessoas de fora do meio acadêmico olham para eventos científicos como uma oportunidade de viajar e conhecer lugares diferentes, um turismo patrocinado pelo “empregador”. Muitos deles se assustam quando explico como pagamos por isto tudo, com grande parte dos recursos saindo dos nossos próprios bolsos; uma reação comum é: então por que não simplesmente viajou para Boston sem precisar ir no evento? De fato, algumas vezes temos bolsas e ajuda financeira de entidades financiadoras que ajudam a arcar com parte das despesas, além de ofertas de descontos dos organizadores em hotéis, passagens aéreas, transporte e outros gastos no qual o número de inscritos possa ser usado como moeda nas negociações. Contudo, quase que, invariavelmente, sempre pesa no bolso! Acho que respostas honestas para os leigos seriam: a) não posso perder a chance de encontrar Fulano, conversar com Sicrano ou perguntar a Beltrano o que pensa dos meus resultados; b) quero ver o que está na “moda” no mundo da ciência; c) preciso de alimento para o cérebro e tem pouco restaurante deste tipo aberto por aí!; d) uma barganha por uma oportunidade tão rara, pelo menos para mim; e) eu invisto nas coisas que eu valorizo e gosto … simples assim.

Nosso ENCONTRO EM CAXAMBÚ, afinal, é uma volta a estes pensamentos originais, um renascimento de conceitos que se perderam no produtivismo científico, um iluminar da razão em prol da autoridade, uma convergência ao colaborativo com um maior abrandamento do individualismo. Tanta coisa para mudar, tanta coisa para manter, tantas outras para ressuscitar e uma infinidade de outras para criar!!!!

NOS AJUDE A PENSAR NO FUTURO DAS CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS DO BRASIL – PARTICIPE DA ORGANIZAÇÃO DO NOSSO EVENTO!